Depois de passar por Óbidos, Caldas da Rainha e Portimão, o chef Walter Blazevic, de origem francesa, apaixona-se definitivamente por Lisboa e assim nasce o Lisboète. Lisboète é o novo ponto de encontro entre as cozinhas gaulesa e lusa, onde nasce uma ementa criativa e surpreendente, capaz de combinar foie gras e vinho do Porto, bacalhau e trufas, chá de jasmim e pera rocha. O chefe é francês mas a carta tem como base alguns dos melhores produtos e sabores portugueses, subtilmente combinados com outros mais internacionais. Assim acontece no salmão confitado em flor de sal, abacate e wasabi ou no aveludado de alho francês com lascas de bacalhau e emulsão de trufas, no cannelone de beringela, tomate e emulsão de ratatouille, no porco bísaro com migas de tomate, chouriço e espargos verdes, na seleção de queijos portugueses ou na tarte tatin com gelado de baunilha. Os vinhos, claro, são exclusivamente portugueses. Walter Blazevic chefia a cozinha e a sua companheira Mariana Monte, conhecida pela sua simpatia, encarrega-se da sala garantindo que nada falta e que tudo está pronto para receber novos clientes e amigos. Depois da entrada, onde encontramos um galo em cerâmica, símbolo nacional francês e ícone de Portugal, como anfitrião do restaurante, podemos descobrir uma requintada sala de refeições, com capacidade para 36 pessoas, dominada pelo branco dos tetos, paredes, cadeiras e atoalhados. O resultado é um ambiente minimalista e sofisticado, sem floreados ou extravagâncias. Uma luz ténue sobressai entre círculos dispersos enquanto a maior claridade entra através da única janela, emoldurada no interior por um curioso jogo de espelhos. No outro extremo da sala, um pequeno vidro revela o corrupio da cozinha, um convite a entrar, conhecer o chefe, confirmar a frescura dos produtos ou observar o crepitar da comida prestes a ser servida.
مُوصَى بِهِ